Essa história eu me inspirei, não é autoria, uma homenagem.
Primeiramente a Drácula, um dos meus personagens preferidos.
Também para um álbum de Cradle of Filth, Godspeed on the Devils Thunder, especificamente a faixa Death of Love.
Primeiramente a Drácula, um dos meus personagens preferidos.
Também para um álbum de Cradle of Filth, Godspeed on the Devils Thunder, especificamente a faixa Death of Love.

Sempre amei e sempre amarei minha esposa, mas ela por alguma
razão foi amaldiçoada com um ventre cheio de areia. Nada nasce ou cresce em seu
interior. E por mais que isso me faça infeliz, acho que faz ela ainda mais
infeliz. Eu não sou um homem romântico, de ficar me derretendo em palavras.
Sempre fui muito prático e direto. Ela sabe como eu a amo, bem como a falta que
me faz não ter filhos.
Muitas guerras travadas, muitas vitórias e um pouco de
misericórdia, são a formula perfeita para gerar inimigos. Eu tinha muitos, mas
meu nome ainda era o suficiente para fazê-los tremer, e meus exercitos para
fazê-los gritar. Mas nem mesmo o mais bem recompensado exército, está livre de
homens gananciosos. O meu não era exceção a isso.
Um desses homens, agora enterrado (vivo), trouxe meus
inimigos até meu acampamento em uma noite sem lua, fui preso e levado cativo
para um de seus castelos. Eu estava tranquilo, não tinha muito a perder. Era o
que eu pensava.
Não me torturaram uma vez sequer, me trataram bem, eu tinha
espaço e alimento em abundância. Até aquele dia. O dia que eu abandonei a
humanidade e perdi qualquer resquício de bondade que podia existir em um velho
senhor da guerra.
Minha esposa, minha jovem e bela esposa. Sequestrada,
amarrada e amordaçada. Despida rudemente em minha frente, enquanto eu me
segurava com todas as forças para não gritar. Não queria dar esse prazer a
eles. Foi amarrada em uma armação de madeira em formato de X. Chicoteada, por
dias, por noites, mantida viva por alguma formula alquímica. Não há tortura
maior que ver alguém que você ama sofrendo, sofrendo por sua causa e não poder
fazer nada. Mas mesmo sem poder, eu iria fazer.
Em uma noite, desapercebido, consegui sair da minha cela.
Silenciosamente, fui até onde prendiam minha esposa. Os seguranças, idiotas,
dormindo. Eu poderia matá-los , facilmente, mas havia coisas mais importantes a
fazer. Silenciosamente, me aproximo
dela, sussurro:
-Meriwen – seu verdadeiro nome era Merian Arwensong.
Seu abrir de olhos foi uma das coisas que mais me doeu em
toda minha vida. Ela simplesmente me disse:
-Eu te amo, mate me.
Mesmo se ela pedisse outra coisa, eu não poderia dar nada
melhor para ela, não após tanto sofrimento. Retiro as poções de seu sangue,
toco levemente seu pescoço, e aperto com todas as minhas forças.
Seus penúltimos suspiros foram chamados pela leve brisa,
seus olhos puros cheios de lágrimas, derramando verdade. Então em um brilho
dourado, como o nascer do paraíso, deixando seus gritos e quebrando meu
coração.
E em um laço de chamas, eu conheci a morte do amor.
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